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As políticas educacionais no Brasil conseguem garantir uma educação pública que seja democrática?







quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A PRÁTICA PEDAGÓGICA E A EDUCAÇÃO


A PRÁTICA PEDAGÓGICA E A EDUCAÇÃO

A cada dia uma nova descoberta realizada, dá-se que o futuro é algo que ainda será construído com peças do passado e do presente. O pensamento do passado permite-nos a conhecer melhor a nossa própria realidade do presente e prever uma ocorrência para o futuro possível, com garantia de melhores condições de aprendizagem, contribuindo para formação de sujeitos críticos. A intenção é realizar uma reflexão quanto o presente e o futuro da educação que possa trazer grandes benefícios para humanidade.
Para que se possa refletir como será e como deverá ser a educação, deve-se analisar primeira a questão de qual a função e a perspectiva dos educadores para o futuro da educação para que haja transformações positivas no ensino.
A escola deve buscar educadores competentes nas suas ações, onde ele possa estar sempre mudando sua prática de ensino para o beneficio de uma educação que venha trazer resultados positivos para população. (GADOTTI, 2003).
O processo de formação dos educadores hoje é algo de grande desafio para construção e reconstrução de uma nova pratica pedagógica na escola, através de programas que venha viabilizar uma analise sobre o papel do professor diante sua postura em sala de aula. (PINTO, 2003).
Sabe-se que educar é uma tarefa difícil, a qual requer muita competência do educador em ter todo cuidado para que não venha trazer prejuízos futuros, pois através da sua dedicação em poder estar querendo crescer profissionalmente, faz com que não só a educação transforme-se em algo produtivo, mais também, como meio de progresso de um mundo melhor.
Observa-se que o aprendizado ocorre de forma lenta, no qual o professor tem que estar preparado para não haja certo desgaste no ensino em fazer com que o aluno não venha reproduzir aquilo que foi passado a ele. A educação tende a ser compreendida como uma preparação para sociedade, para vida adulta e para o trabalho, a fim de preparar para participar do mundo na medida em que lhe proporciona a cultura no qual será utilizada no seu dia-dia.
Portanto, analisa-se que para se chegar a um conhecimento mais profundo, chegando a construir o ensino em algo produtivo, não só partirá do aluno em compreender o conteúdo dado, mais também, do educador em está preparado para trabalhar com as dificuldades encontradas no meio escolar, onde ambos estarão em processo de constante aprendizado, através da interação professor-aluno possibilitando uma educação de qualidade.
Entre as expressões usadas estão, conforme Cunha (1999): "Amigo, é compreensivo; é gente como a gente; se preocupa conosco; é disponível mesmo fora da sala de aula; coloca-se na posição do aluno; é honesto nas observações; é justo".
Para esse autor, o bom professor não é só aquele que sabe dar uma boa aula, muito menos, aquele que domina o conteúdo. O professor antes de qualquer coisa deve estar sempre se avaliando, para que ele não venha prejudicar o aluno na construção do seu aprendizado.
A relação professor-aluno é algo de muito valor, para que o educando possa ter um bom desenvolvimento tanto na sua formação quanto a do aluno em poder chegar a um aprendizado, e assim, possa ampliar seu saber na sua vivencia com as pessoas com que conviver.
Sabe-se que cada aluno tem consigo um perfil de professor, uns acreditam que o bom professor é aquele educador carrasco, no qual vai facilitar no seu processo de ensino aprendizagem, devido só saberem respeitar quem os maltratam, já outros, consideram o bom educador aquele que domina sempre o conteúdo. Vemos que cada aluno tem seu próprio ponto de vista de considerar o bom professor, vemos que a educação ainda precisa de muita reflexão quanto a sua pratica de ensino, para que possa haver uma grande conexão do professor-aluno.
A prática pedagógica vem proporcionar ao educador um bom desenvolvimento educacional, garantindo ao professor uma grande credibilidade nas suas ações em saber buscar coisas novas para si.
Sabe-se que é na escola começa dar seus primeiros passos, sendo eles positivos ou negativos, no qual dependerá do meio em que o educando estiver inserido para haver aprendizados verdadeiros. Mais para que isso ocorra, o educador deve estar preparado para saber trabalhar com vários tipos de realidades de vida, e por em pratica todo seu aprendizado, conquistado durante a sua formação mostrando que através de um simples agir do professor, pode construir na vida do aluno aprendizados verdadeiros que servirão como alicerce para construção do seu crescimento. Não queremos um educador deseduca dor, onde ele esteja pensando mais em si, do que no educando, tudo o que ele faz é mal feito, não pensa em mudanças, no qual acaba dificultando o aprendizado do aluno, através da sua má postura em sala de aula, além do mesmo não este interessado se o aluno aprendeu, e sua relação com o aluno é sempre de forma grosseira. (PINTO, 2005).
Portanto o educador ao contrario do aluno, no qual o mesmo está sempre em processo de transformação, então, o professor deve facilitar com que o aprendizado do educando torne-se algo de valor para ele, através da sua interação com aluno venha despertar o interesse em buscar novos conhecimentos que lhe trará um bom desenvolvimento de suas habilidades à proporção que o sujeito for amadurecendo.
De acordo com alguns pensadores como Freire, o dialogo é o método mais eficaz para que se possa chegar a um conhecimento significativo, onde professor e aluno possam estar sempre em conexão um com o outro para que ambos possam se conhecer, e com isso, compartilhem experiência para juntos construírem um mundo de novas descobertas.
Analisa-se que todo ser humano está sempre em processo de aprendizado, e se apropria de todos os conhecimentos desde os mais simples, até os mais complexos, garantindo-lhes a sobrevivência através da sua interação em sociedade como um ser participativo e crítico.
Através da pratica pedagógica o educador vai começar a analisar todas as suas falhas buscando o inovar, através do seu desempenho em sala de aula, cada momento vivido, uma nova descoberta nasce, e faz com que o educador possa estar crescendo à proporção que ele busca coisas novas para o seu desenvolvimento em prol de uma educação qualificada, onde o professor e todo corpo docente possam lutar por um ensino de progresso, no qual abrindo oportunidade aos jovens a abdicar dos seus direitos.

A contribuição teórico-metodológico de Paulo Freire para a educação de jovens e adultos

Para Freire (2005), o principal ponto de vista importante à Educação de Jovens e Adultos (EJA) sua ligação de processos de aprendizagem formal ou não formal, aos quais, professores e alunos, desenvolvam suas capacidades, enriquecendo seus conhecimentos e melhorar suas competências técnicas ou profissionais, a fim de atender as suas necessidades e a da sociedade.
Considerando que, jovens e adultos tem uma realidade de cultura e nível de dependência bastante diferente em relação ao da criança, sendo útil, então, o ajustamento das metodologias empregadas nessa modalidade de ensino. A formação do professor hoje é algo fundamental nos grandes desafios para uma construção e reconstrução de novas pratica pedagógicas na escola.
O Método de Paulo Freire vem ajudar na formação do professor, mostrando como este deve contribuir para um ensino mais prazeroso, e sua reflexão diante a sua prática de ensino renovando a cada dia seu conhecer para que educador e educando possam crescer juntos para uma educação de progresso.
Portanto, a contribuição teórico-metodológico de Freire vem fazer com que o educador busque meios que faça com que o aluno chegue a se tornar um ser que saiba viver em sociedade. Pois, alfabetizar não é só um mero processo de aprender ler e escrever, formando sujeitos que mudem a sociedade e acabem com analfabetismo existente no país em que vivemos.
Paulo Freire pensou em um método de educação construída em cima da idéia de um diálogo entre educador e educando, onde há sempre partes de cada um no outro não poderia começar com o educador trazendo pronto, do seu mundo, do seu saber, o seu método e o material da fala dele. (RODRIGUES, 2003).
De acordo com seu texto, o método é a idéia de que ninguém educa ninguém, ou melhor, dizendo, o homem que educasse na sua vivência em sociedade, onde a educação deve ter uma ação comum, apoiador - uma ação de amor entre educador-educando. Educar é uma tarefa difícil, no qual deve ser analisada a todo o momento e cuidada a todo o momento. Para se educar, não há técnicas nem métodos adequados, o sujeito educa-se através de trocas de experiências, pois, ninguém aprende isoladamente, Freire comenta que não há educadores puros, nem educandos. Conforme o pensamento Freiriano, tanto educador aprende com o educando, quanto educando com o professor para que possam crescer juntos.
Portanto, é fundamental que o professor busque novas metodologias de ensino para que haja mais motivação em poder prosseguir os estudos de querer buscar novos conhecimentos para si, e não preocupar-se como ele deve agir na sala de aula, muito menos o que trazer para que a sua aula se torne mais rica, nada disso vai fazer com que ele se torne um bom educador, o que vai lhe trazer bons benefícios, é a sua postura com os alunos, sabendo trabalhar com cada realidade de vida para que o aprendizado dos mesmos torne-se algo significativo.
A alfabetização, a partir do método, amplia os saberes que os alunos construíram ao longo de suas vidas, atribuindo sentido a eles,valorizando-os na medida em que se percebem produtores de cultura e de conhecimento. (FEITOSA, 2005).
 Com isso, para Freire a alfabetização é saber trabalhar através dos seus saberes já construídos ao longo da vida de cada aluno, além de saber valorizá-los como pessoas normais , que também tem capacidade de aprender e possuir uma cultura.
Observa-se que os educadores devem dar espaço para que os alunos possam ter liberdade de se expressar como um ser crítico e reflexivo para que ele possa crescer. Vê-se que a maior parte dos educadores não dá oportunidade de se expressar, fazendo com que o educando se desestimule de poder prosseguir os estudos.
A visão de alfabetização na percepção de Freire, e os significados de alfabetização estão bastante próximos, para não dizer que se confundem. Primeiro porque, alfabetizar é mais do que um simples domínio mecânico e técnico para ler e escrever. Viu-se até aqui, que a alfabetização não é algo que vai possibilitar ao aluno aprender a ler e escrever, mais também, fazer com que o aluno possa entender o que está lendo e escrevendo, no qual vai resultar em uma postura atuante do homem sobre seu contexto.
Por isso, a alfabetização não pode ser feita de cima para baixo, muito menos de fora para dentro, como se fosse uma doação, mas sim, de dentro para fora pelo próprio analfabeto, ou seja, através da sua vivencia em sociedade é que o aluno vai chegar a um aprendizado, além de saber que o homem, como sujeito e não como objeto de sua educação, tem um acordo com sua realidade e nela deve interferir cada vez mais.
Sabe-se que a escola tem a função principal de formar cidadãos críticos, competentes com perspectivas de fazer com que os alunos possam ter plena liberdade de construir seu próprio conhecimento. São inúmeros os problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação vem sendo motivo de grande discussão na sociedade em que se vive hoje. No entanto, o que tem sido motivo necessário a se pensar, é poder construir uma escola onde professor-aluno estejam caminhando sempre juntos para que possam buscar novos conhecimentos, ajudando-os no seu próprio crescimento, tornando-se um sujeito competente que esta sempre em busca de algo para si.
O Método Paulo Freire, concebido na década de 60, trazia uma inovação político-metodológico, pois descartava o uso das cartilhas com forte teor infantilizante e trabalhava com palavras do universo vocabular dos educandos e com temas geradores. (Ibid.).
O método de Freire, que foi gerado na década de 60, trouxe grandes benefícios para educação, permitindo ao educando criar métodos através da sua vivência no meio escolar e possibilitando ao professor possa estar renovando sua prática pedagógica para que o ensino se tornasse rico e estimulativo para o aluno que podia gozar dos seus direitos, além de permitir ao professor saber trabalhar com palavras do cotidiano de vida dos respectivos alunos, de forma que ele não possa interferir no seu aprendizado e descartando o uso das cartilhas, como algo infantilizante fazendo com que o educador construísse seu próprio método de ensino para haver mais renovações educacionais onde as pessoas pudessem estar acabando com a desigualdade na nossa sociedade.
O ato de alfabetizar para Paulo tem a intenção de maior possibilidade de fazer de seres menos, para seres mais, ao possibilitar que os libertem a sua humanidade roubada, construindo assim, um mundo mais humano e igualitário para toda população.
O que Freire queria com seu método de alfabetização era, pois, muito mais do que fazem os métodos tradicionais de alfabetização, que se fixavam em fazer repetir/decodificar, tornando-se algo mecanicamente, letras e silabas, e juntá-las para formar palavras e discutir com o opressor. O sonho de Freire era que todos os seres humanos independente de cor, religião, etnia, raça ou sexo possam ser gente com um futuro melhor do que o de ontem. Gente que pense que mudar é difícil, mas é possível, se a pessoa busca e acredita no seu potencial e não tem medo de enfrentar as dificuldades existentes no seu dia-dia.
O Método de Freire é muito mais do que um método que alfabetiza, é uma ampla e profunda compreensão da educação que tem como cerne de suas preocupações a natureza ético-politica do ato de conhecer/educar.(PINTO, 2003).
Para esse autor, o Método Freiriano é algo de muito valor, fazendo com que o educando possa ir mais além do conhecer, buscando novos rumos para educação, e fazer com que cada dia, o ensino possa se renovar e o mudar a vida do ser humano.
Analisa-se que é mais que um método que alfabetiza, é uma teoria do conhecimento que vai contribuir para o amadurecimento tanto do educador em poder refletir quanto ao modo de agir de ver a alfabetização, quanto fazer do cidadão, um ser crítico que esta sempre em processo de transformação e não um mero processo de fazer com que ele aprenda a ler e escrever. Dá a liberdade ao aluno poder se expressar, valorizando-o como pessoa normal, como qualquer cidadão.
Sabe-se, portanto, que a educação é tudo aquilo que construímos no nosso dia-dia, mesmo com suas ações diferenciadas onde se deve respeitar e valorizar o outro como pessoa que tem uma historia de vida, que pensa e que tem os mesmos direitos em poder ter um trabalho, com perspectiva de uma vida mais digna.
O construtivismo sugere uma organização pedagógica sistematizada do trabalho escola, onde se analisa que o professor é aquele que deve está sempre acompanhando o processo do conhecimento do aluno, observa-se o modo de pensar do aluno durante certa atividade proposta, verificam-se quais as suas hipóteses, seus momentos de conflito em um determinado conteúdo e a solução encontrada. O professor construtivista é aquele que está sempre apresentado situações de desafios, está sempre incentivando o debate coletivo de idéias para que haja confronto dos diferentes modos de pensar na construção de um ensino mais significativo. Além de estar sempre consultando teóricos para ajudar no seu próprio crescimento profissional.

A Alfabetização da EJA e suas dificuldades no processo ensino-aprendizagem

Quando se fala em alfabetizar, não se pensa em só fazer com que o aluno seja um reprodutor de palavras, e sim, fazer com que ele possa ser crítico, reflexivo nas suas ações.
Sabe-se que a pessoa alfabetizada é aquele sujeito que ao se adaptar aos mecanismos da leitura e escrita, possa ir mais além de um simples ler e escrever, ou seja, alfabetizar é fazer com que o educando seja um ser questionador, que esteja por dentro do que se passa a sua volta. Para que o individuo possa crescer, torna-se necessário fazer da aprendizagem algo valioso, onde a educação possa suprir as necessidades de um ensino de qualidade.
No entanto, o que se vê é que a educação de Jovens e Adultos está cada vez mais sendo esquecida. Diante a evolução tecnológica que vem ocorrendo progressivamente, a educação básica, a cada dia vem decaindo. Sabe-se que sem educação a pessoa não se desenvolve. Analisa-se que o ensino ainda é distante em relação ao alcance de todos.
Observa-se que as escolas públicas são deficientes, por haver grandes desigualdades no meio escolar, com ensino ainda precário em algumas instituições, que funcionam com materiais inadequados, e professores não capacitados como meio de estimulação para o progresso de uma educação mais qualitativa neste país.
Precisa-se de uma educação libertadora, onde as pessoas possam se expressar, criticar sem que precisem, abdicar dos seus direitos negados em algum tempo, motivo pelo qual os levaram à desistência nos estudos. No artigo 37° do inciso 2°, segundo Ribeiro (2006), fala que o poder público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
No artigo 37° da nova LDB, mostra o grande avanço que a educação vem atingindo no decorrer do tempo, devido às leis impostas como meio de amenizar o índice de analfabetismo no país. Talvez de fora seja possível ver com mais clareza que nossa educação não é plena, quando se fala em educação para todos.
Para Soares (2003), a não satisfação das necessidades, mais imediatas levou-os a se titularem como sujeitos incapazes de aprender, o que na falta deles, os levaria a abandonar as aulas.
Descobre-se que uma das causas para que não ocorra a aprendizagem, além do seu perfil sócio econômico e da alfabetização do país, vem também do clima presente na escola, que acaba contribuindo para o desinteresse do aluno em poder freqüentar a escola.
Se o aluno chega à escola e não se sente valorizado, nem escutado, e ainda é vitima de agressão dos colegas, não haverá motivação em poder continuar os estudos. Vê-se que o analfabeto sempre será um problema de explicação social quanto aos seus valores: Aquilo que é importante para ele, será algo sem valor para os outros e se torna ingênuo para os que dominam o mundo das letras.
Já conforme Pinto (2003) fala que o professor do futuro não pode ser aquele que recebe determinações da coordenação pedagógica ou do diretor da escola, mas aquele sujeito que também participa da tomada de decisões.
Para este mesmo autor, o educador não é só aquele que busca renovação nas suas aulas, mais também,aquele que compreende,respeita e sabe ouvir o seu próximo para que haja um crescimento do professor-aluno e juntos mudarem o meio em que vivem. É preciso que o professor veja no aluno da EJA um sujeito reflexivo, alguém que está dotado de altas capacidades intelectuais, que se revela espontaneamente em sua conservação, em sua critica aos fatos, em sua literatura oral.
A reflexão é algo fundamental para vida do educador, que deve refletir na sua postura, enquanto professor - educador. O diálogo professor-aluno pode mudar a educação, mas para que haja um ensino qualitativo, o professor deve estar sempre incentivando ao mesmo que ele é capaz de aprender e de mudar sua história de vida, além dele ter suas habilidades diferenciadas das outras pessoas, sem conteúdo, dizer que ele é inferior aos demais.

O analfabetismo é visto como causa e não efeito do escasso desenvolvimento brasileiro, privando o País de participar do conjunto das nações de cultura. Tal preconceito era estendido ao adulto analfabeto, identificando como elemento incapaz e marginal psicológica e socialmente. (CUNHA, 1999).

Diante o comentário de Cunha em relação à educação de adultos no Brasil, observa-se o grande preconceito que existia na sociedade além das críticas estendido ao adulto analfabeto, identificando como elemento incapaz e marginal psicológica e socialmente. Vê-se que o adulto sofreu grandes críticas e é freqüentemente explorado no seu trabalho, e não pode votar e ser votado.
Analisa-se a identidades da educação de adultos, a qual passou por vários processos de crescimento, contribuindo para o seu amadurecimento, para uma nova visão diante o analfabetismo.
As dificuldades encontradas com a educação, em conseqüência ao método de alfabetização e sua inadequação à clientela, buscando novas propostas de ensino, contribuindo consolidação de uma nova pedagogia de alfabetização de adultos que tenha como a principal referência o educador Paulo Freire.
Queremos uma educação que possibilite não só um ensino de qualidade, mas sim, saber trabalhar com cada realidade de vida dos educandos, fazendo com que o educador tenha uma postura ética professor-aluno e aluno com aluno dialogando juntos em buscar de algo novo para o seu próprio crescimento.
Alfabetizar não é só entender o que é lê e escrever, mas fazer do aluno um sujeito crítico e reflexivo nas suas ações, oferecendo-lhe os meios para que possam se alfabetizar, além de ampliar o conhecimento que já possuíam através do longo da sua trajetória de vida, caminhando em direção aos mesmos, valorizando-os na medida em que se percebem produtores de cultura e de conhecimento.

Autor: Leila Saldanha

Alana Pimentel, 2º Semestre de Pedagogia Matutino
Joana D'arc de Araujo Bezerra 

"A nova realidade social a ser parida também por nós educadores é mais do que uma espera (nostalgia do futuro);é um escavar no hoje de nossas práticas á procura daquilo que hoje pode ser feito .Esse hoje é uma das pontas do nó do futuro a ser desatado, fruto de situações que não se alteram por si mesmas nem se resolvem com um "ah!se eu pudesse...",ah!, no meu tempo". ...
Nosso tempo, o dos  educadores ,é este hoje em que já se encontra , em gestação, o amanhã. Não um qualquer ,mas um amanhã intencional,planejado,provocado agora.Um amanhã sobre o qual não possuimos certezas ,mas que sabemos possibilidade. " CORTELLA, 2001, p.158)                                                           


Referências :
CORTELLA, Mario Sérgio.A escola e o conhecimento: fundamentos epistemiológicos e políticos.4.ed.São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2001.   
Joana D'arc de Araujo Bezerra

Estudando um pouco sobre as creches e a Educação Infantil,acabei encontrando um capítulo sobre Políticas  que discute sobre a "qualidade total" que está presente também nas escolas.

 

"E a qualidade total também invadiu a educação.Publicam-se livros,secretarias de educação querem adotar  o modelo de gestão empresarial e gastam rios de dinheiro com tecnocratas para ministrar cursos aos professores, etc.A educação passa a ser definida como serviço a ser oferecido ao mercado  ,e os pais e alunos ,clientes ou consumidores ,são responsabilizados pela escolha da instituição .A professora Maria Malta Campos utilizou um exemplo bem ilustrativo desse problema ,em uma palestra:Sugere -se que a escola da educação dos filhos seria como a compra de pasta de dente no supermecado ; se não gostarmos da marca ,compramos outra ,e pronto!Mas a educação não é pasta de dentes:aquilo que as crianças sofrem em uma instituição não é algo que se reslova pelo simples fato de buscar outro local ; e mudar de escola não é uma coisa tão simples como mudar  de marca."

 

Isso cabe a nos observar e refletir a violência dentro das salas de aula. Precisamos reverter essa situação.
pense nisso pessoal
Abraços

Fernanda T. 2° semestre matutino
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua propia produção ou a sua construção."Paulo Freire
Fernanda T.  2° semestre matutino

terça-feira, 30 de outubro de 2012

comentário sobre a LDB- Luciana Alves

COMO a LDB CONCEBE A APRENDIZAGEM: por vicente martins

A Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional (LDB), promulgada em 1996, é uma lei emanada do Congresso Nacional. Como lei 9.394/96, deve ser cumprida e respeitada. No entanto, para os educadores, deve ser tomada, também, como uma espécie de livro sagrado e, sendo assim, reverenciada.
Na Lei da Educação, são muitas as acepções de aprender que podemos depreender a partir da leitura de seus dispositivos legais referentes à educação escolar.

São estes princípios, indicados abaixo, um importante exemplário de conduta para diretores, professores, pais e alunos e, por isso mesmo, devem nortear, à guisa de um decálogo da boa aprendizagem, às práticas escolares:1. A liberdade de aprender como principio de ensino (Inciso II, art. 3º, LDB): cabe ao educador a tarefa de, no âmbito da instituição escolar, ensinar a aprender, mas respeitar, como princípio, a liberdade de aprender. Só se aprende a aprender, papel fundamental da escola, na sociedade do conhecimento, com espírito de liberalidade, com espírito de liberdade de perceber, conhecer e aprender a ver o mundo com os olhos de um ser livre. Ensinar só tem sentido, no meio escolar, quando a liberdade é guia para a ação de aprender.
2. A garantia de padrões mínimos de qualidade de ensino para desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. (Inciso IX, art. 4º, LDB): cabe ao poder público, através dos governos; às famílias, através dos pais e responsáveis e à sociedade, como um todo, ofertar um ensino de qualidade. A qualidade de ensino só pode ser medida sob enfoque da aprendizagem. Não há qualidade de ensino quando o aluno deixa de aprender. Não há aprendizagem sem a garantia, a priori, de que as condições objetivas de aprendizagem estão hoje e serão permanentemente asseguradas: dinheiro direto na escola e gestão democrática de ensino.
3. O zelo pela aprendizagem dos alunos como incumbência dos docentes (Inciso III, art. 13, LDB ): aos docentes, o zelo pela aprendizagem do ensino é, antes de tudo, uma questão de compromisso profissional, ético, e resulta de uma atitude deontológica e ontológica perante seu papel educador na sociedade do conhecimento. Quando o aluno deixa de aprender, por imperícia ou incapacidade pedagógica, a escola perde o sentido de existir. Os alunos vão à escola para aprender a aprender, formar as bases de sua cidadania, para um exercício de co-cidadania, a partir do conhecimento do mundo e dos valores da sociedade.
4. A Flexibilidade para organização da educação básica para atender interesse do processo de aprendizagem (art. 23, LDB): À escola cabe a tarefa de patrocinar todas as formas eficazes de aprendizagem. O que interessa aos pais e agentes educacionais é a aprendizagem dos alunos.
Se for preciso, deve a escola desmontar a estrutura antiga, mesmo que tenha sido a melhor referência educacional no século anterior. O importante é a escola fazer funcionar o ensino que garanta a aprendizagem dos alunos. A sociedade do conhecimento não se fossiliza mais em modelos, em paradigmas acabados: o paradigma novo, no meio escolar, é o devir, é a mudança constante.
5. A verificação do aprendizado como critério para avanço nos cursos e nas séries (item c, inciso V, art. 24, LDB): Quem aprende a aprender, isto é, passou a ser capaz de aprender com a orientação docente, deve ser incentivado a ir adiante e, seu tempo escolar, deve ser, pois aligeirado ou abreviado. A escola não pode ficar, com o aluno, mais de uma década, engessando seu andar, seu pensar, seu aprender. A escola é meio. A escola não é fim. O fim da escola é a sociedade. O fim da sociedade é humanidade, com toda carga semântica que esta palavra sugere no tempo e no espaço. O fim escolar, pois, é estar bem em convivência, em sociedade. Assim, a aprendizagem vem da interação. O que a escola deve ensinar é a estratégia de interagir, de aprender na socialização de idéias e opiniões, para que o aluno, desde cedo, se prepare para ação no meio social. É a vida social a verdadeira escola de tempo integral.
6. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, como estratégia para objetivar a formação básica do cidadão no ensino fundamental (Inciso I, art. 32, LDB): Ninguém nasce aprendiz, embora todo ser nasça para aprender. A capacidade de aprender deve ser, pois, desenvolvida nos primeiros anos escolares. Para tanto, devem ser definidas, desde logo, nas escolas, as estratégias de aprendizagem que priorizem a leitura, a escrita e o cálculo. O que fazemos na sociedade do conhecimento depende unicamente da leitura, escrita e o cálculo. Por isso, deveriam ser as três únicas disciplinas do currículo escolar. A escola não deve se ocupar de domesticar, isto é, passar a ser, coadjuvante, de um aparelho ideológico do Estado ou da sociedade política, de natureza coercitiva, assim como, historicamente, vem procedendo a Igreja e a Justiça. A escola deve unicamente preparar seus alunos para a vida em sociedade, para a prosperidade material e comunhão entre os homens.
7. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores para objetivar a formação básica do cidadão no ensino fundamental (Inciso III, ar. 32, LDB): cabe à escola desenvolver estratégias para fortalecer a memória de longo prazo (MLP) dos educandos. A aprendizagem é o assegurar de informações e conhecimentos, por parte do educando, no seu “estoque de informação na memória”. Quem memoriza, pensa mais. Quem pensa mais, aprende mais. Quem aprende mais, emancipa-se mais cedo. O homem só aprende quando é capaz de manipular o que produz, os objetos, as mercadorias e as máquinas. Uma criança que depende de uma simples máquina de calcular para saber quanto é 2 + 2, ou 2 X 2 ou 2 X 9 ou 2 X 2,897 não está preparada para resolver, no mundo, de cabeça, soluções domésticas, cotidianas, imediatas, em interação com outro, que exigem, em ação rápida, uma decisão pronta, às vezes, uma questão de valor para a vida social. Aprender é espécie de gol de placa quando a bola não cai no pé mas na cabeça.
8. A adoção no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem,. (§ 2º, art. 32, LDB): cabe à escola criar as condições de aprendizagem, através de oferta das mais diversas e criativas formas de aprender, e não temer que seja avaliada por métodos inovadores, antigos, ou tradicionais. Por isso, a escola, pensando e agindo bem, fazendo com que seu aluno sempre venha a progredir, deve constantemente atualizar ou mudar seu ritmo de acesso aos saberes, e assim, seus docentes, devem estar atentos para as formas de avaliação que vão se desenhando nas instituições educacionais, não como forma de controle pedagógica, mas como forma de verificar se estar valendo a pena a mudança ou a alteração dos modelos novos instaurados no meio escolar. Mudar é preciso para a garantia da ação de aprender.
9. A garantia às comunidades indígenas da utilização, no ensino fundamental, de processos próprios de aprendizagem. (§ 3º, art. 32, LDB): aos índios e a todos os representantes das minorias, incluindo os pobres e negros, devem ter assegurados critérios justos de avaliação pedagógica. Devemos tratar igualmente a todos por suas diferenças. Isso requer mais trabalho, maior suor dos docentes, mas cumpre um papel importante de eqüidade na sociedade de classes. Quem respeita as minorias, transforma a escola em excelência de eqüidade.
10. A continuidade do aprender como finalidade do ensino médio para o trabalho e a cidadania do educando (inciso II, art. 35, LDB): quando concluímos a educação básica, devemos ser estimulados a seguir a caminhada rumo à Universidade, instância da educação superior. Lá, somos realfabetizados e descobrimos que aprender é um continuum: aprender é um processo que se dá, inicialmente, no meio escolar, mas perdura, por toda vida, na sociedade. Aprender é como beber água: é bom demais.
 
Vicente Martins é professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará.
O COMPROMISSO COM AS CRIANÇAS E JOVENS DA ESCOLA PÚBLICA FAZ, DOS QUE TRABALHAM EM EDUCAÇÃO,ALIADOS E PARCEIROS CONSTANTES PARA SEU SUCESSO ESCOLAR.(EDILSON FREIRE) ELIETE DOMINGUES















(Katiara Monyk 2° semestre de Pedagogia)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Primeira interrogação: quais os efeitos da ausência de políticas educacionais? Desconsideração do valor da vida. Ignorância sobre direitos e deveres como cidadãos. Insegurança social. Desestrutura familiar. Não acesso ao mercado de trabalho com condições dignas. Descuido com a saúde. Não valorização da cultura. Falta de consideração para com as crianças e os mais velhos, fazendo-os encarar situações que não são para suas idades (tráfico, prostituição, exploração de trabalho). Não consciência do papel real da política como promotora do bem-estar. E muitos outros fatores. Chega por hoje, preciso praticar a política domiciliar antes de criticar os bons representantes do nosso povo. "Os pais dos pobres". "Brasil, um país de todos". Todos os maus constumes... POR LILIA FARIAS

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

"Não usufruis vossos direitos porque não conheceis as leis que asseguram vossas conquistas. E quando conheceis, muitos "dormem" na passividade social, o que alimenta a vitória dos corruptos que não querem mudanças." (Adilson Motta).
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas." (Jean Piaget) Thaís cardoso do 2 semestre do turno matutino

domingo, 21 de outubro de 2012

“O desenvolvimento sustentável satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras poderem também satisfazer as suas.” Comissão de Brundtland Thaís Cardoso 2ºsemestre do turno matutino

será que os projetos de Dilma é a solução????

Dilma: Lei de Cotas contribui para saldar dívida do Brasil com jovens pobres Paula Laboissière - Agência Brasil 15.10.2012 - 08h01 | Atualizado em 15.10.2012 - 08h12 Entenda a Lei de Cotas nas universidades federais (Ilustração/EBC) Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15) que o decreto que determina a reserva de metade das vagas de universidades e institutos federais para alunos de escolas públicas, negros e índios contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil com os jovens pobres. A regulamentação da chamada Lei de Cotas está publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União. “Nosso objetivo, com essa lei, é ampliar o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios. Essas universidades e os institutos estão entre os melhores do país e, muitas vezes, as pessoas vindas das escolas públicas têm dificuldade de ter acesso à universidade pública”, explicou Dilma. Entenda a Lei de Cotas nas universidades federais Mercadante: Lei de Cotas vai contribuir para melhorar escolas públicas No programa semanal Café com a Presidenta, ela destacou que as universidades e os institutos federais terão quatro anos para implantar a Lei de Cotas de forma integral, mas que os processos seletivos para matrículas em 2013 já precisam oferecer uma reserva de vagas de 12,5%. “É bom ressaltar que a lei vale para todos os cursos – inclusive, aos mais procurados, como medicina e engenharia, por exemplo”, disse. Dilma lembrou que o Programa Universidade para Todos (ProUni) é outra possibilidade de acesso às universidades federais, pois oferece bolsas de estudo parciais e integrais a pessoas de baixa renda. Segundo ela, 1,1 milhão de estudantes no país já foram beneficiados pelo programa, que exige um bom desempenho do aluno no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Quem não for aprovado no ProUni, de acordo com a presidenta, pode recorrer ao Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que financia as mensalidades de faculdades particulares. Atualmente, 570 mil estudantes fazem cursos universitários em todo o país com o apoio do Fies, que também exige boas notas no Enem. “Quero dar um conselho para os quase 6 milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que vocês peguem firme e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida de vocês.” Edição: Talita Cavalcante Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0 Thaís do 2º semestre do turno matutino

o Brasil é....Thaís cardoso

Brasil, um país quase sem política, mas com muita politicagem! thaís cardoso 2º semestre do turno matutino "A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria". Paulo Freire

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Alana, tive oportunidade de ver alguns videos de Rubem Alves, mas esse em especial realmente é maravilhoso e nos fazar ter um senso critico, adorei, grata Thaís Cardoso do 2º semestre de pedagogia matutino. bjuuusssssssss amiga

violencia na escola publica.. Thaís Cardoso

A VIOLÊNCIA NA ESCOLA PÚBLICA: COMO PREVENIR E CORRIGIR

Maria José Esmeraldo Rolim
mariajoseesmeraldo@hotmail.com
A VIOLÊNCIA NA ESCOLA PÚBLICA:
COMO PREVENIR E CORRIGIR


Maria José Esmeraldo Rolim
RESUMO:
A violência na escola é um tema de grande relevância, inserindo no processo educacional. Muito se tem abordado sobre o referido assunto e muitas pesquisas foram direcionadas nesse campo. Partindo desse pressuposto, passa-se a estudar pessoas, idéias e atitudes que interferem na motivação e aprendizagem. Para a realização deste trabalho analisa-se a violência como um fator que interfere na aprendizagem e o papel da família, do Estado, da escola e do educador frente a essa problemática, além das condições essenciais a um bom desempenho em sala de aula, ressaltando os aspectos físicos e humanos.
Palavras-Chave: Violência. Delinqüência. Déficits de aprendizagem. Desempenho escolar.

1 INTRODUÇÃO
A escolha do assunto violência nas escolas públicas foi como desafio e uma forma de se aprofundar no conhecimento de suas causas e formas de evitá-la, dentro da área educacional. Considera-se importante este estudo voltado para os fatores que provocam a violência nas escolas públicas, por ser atual. No contexto sociocultural, entende-se que esse enfoque ajuda a compreender a complexidade da problemática educacional bem como as dificuldades encontradas pelos professores, pela escola e pela sociedade na busca de soluções para resolver esse problema.
O estudo, com base em referencial bibliográfico, poderá ajudar no melhor entendimento do tema bem como para futuras investigações. Poderá também servir de auxílio no sentido de que os alunos e a escola tentem compreender a atual situação de violência das escolas para que possa fazer uma reflexão crítica sobre este assunto e organizar diretrizes que busquem solucionar ou, pelo menos, minimizar o problema melhorando a convivência no contexto da escola.
O objetivo geral do trabalho é investigar de que maneira os atos de violência vivenciados nas escolas do Ceará repercutem na aprendizagem na aprendizagem. Nessa perspectiva, pretende-se analisar as causas da violência na escola e sua repercussão social, o papel do professor na superação da violência vivenciada na escola e apontar meios que devem ser utilizados pelos professores para evitar os atos de violência nas escolas.
Supõe-se que os problemas e desajustes familiares interferem significativamente na geração da violência na sociedade e na escola. Além disso, os educadores precisam se conscientizar da necessidade de orientarem os alunos no sentido de desenvolverem uma relação de paz e harmonia na família, na escola e na sociedade. A escola tem uma função importante na solução da problemática da violência no seu contexto e na sociedade, mas não está preparada para enfrentar as dificuldades pertinentes ao comportamento agressivo do aluno adolescente que vivencia um ambiente extra-escolar altamente influente no comportamento do adolescente.
Este estudo se alicerçou, essencialmente, em uma pesquisa bibliográfica em autores diversos analisando vários enfoques e teorias a respeito do assunto. Dentre eles, citam-se Freire (1981), Jersild (1973), Murad (1985), Sá (1997) e Teixeira (1981).


2 MARCO TEÓRICO
CAUSAS DA VIOLÊNCIA ENTRE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS

Há pais que projetam na criança características indesejáveis e até odiosas que eles desprezam em si próprios. Por isso, mesmo dispondo de condições econômicas para mantê-la, acabam transferindo para outras pessoas a responsabilidade de sua educação.
Há pais que simplesmente ignoram a existência dos seus próprios filhos, para os quais não conseguem ter uma palavra de carinho, um gesto protetor. Essas: crianças ressentem-se física e psiquicamente da falta de afeto e por isso vivem doentes. A indiferença de algumas mães é tão grande, que nem chegam a perceber o que se passa com o filho, e espantam-se quando o médico constata o estado lamentável de seu frágil organismo.
Além disso, as crianças vítimas de casamentos desfeitos ou infelizes são freqüentemente prejudicadas por vivenciarem situações agressivas, discussões e brigas violentas entre seus pais. Quando o casal se suporta apenas por causa das crianças, essas acabam se transformando num motivo a mais de conflito. Pai e mãe passam, então, a manifestar sentimentos ambivalentes de amor e ódio em relação ao filho, o que acentua ainda mais o seu sentimento de culpa. Além disso, é comum os pais usarem a criança como uma arma na sua disputa emocional, ameaçando retirar-lhe o afeto caso ela demonstre preferência pela parte contrária. Vítima dessa chantagem, a criança acaba por sentir-se tão rejeitada e sem amor quanto a criança abandonada.
Presume-se, assim, que esses fatores interferem na formação da personalidade das crianças e adolescentes e, muitas vezes, contribuem para que se tornem agressivas e problemáticas.
2.1 Analisando a problemática da violência
A sociedade, até bem pouco tempo, negava-se a assumir as responsabilidades para com a criança abandonada.
Segundo Sá (1997, p. 10):
Atualmente, porém, a maioria dos países desenvolvidos dispõe de leis para proteção dos pequenos sem lar, embora as instituições, por melhores que sejam, nunca podem oferecer um substituto adequado para uma vida familiar feliz. No entanto, o amor, o carinho e a sensação de pertencer a um núcleo social são igualmente importantes para que o pequeno se torne finalmente um adulto maduro e construtivo.
A pedagogia do oprimido, definida por Freire (1981) como pedagogia humanista e libertadora, tem dois momentos distintos: primeiro, aquele em que os oprimidos vão desvelando o mundo de opressão e, segundo, aquele que transforma a realidade opressora e passa a ser a pedagogia dos homens em processo de permanente libertação.
Como poderiam os oprimidos dar início à violência, se eles são o resultado de uma violência, como poderiam ser os promotores de algo que, ao instaurar-se objetivamente, os constitui?
Não haveriam oprimidos, se não houvesse uma relação de violência que os configura como violentados, uma situação objetiva de opressão. Assim, quem inaugura o desamor, não são os desmandos, mas os que não amam, porque apenas se amam.
Freire (1981, p. 61) diz que:
Educador e educando (liderança e massa), co-intencionados à realidade, se encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos no ato, não só de desvelá-la e assim, criticamente conhecê-la, mas também no de recriar esses conhecimentos. Deste modo, a presença dos oprimidos na busca de sua libertação, mas que pseudo-participação, é o que deve ser: engajamento.

2.2 Delinqüência Juvenil
A delinqüência juvenil, a cada dia, vem se disseminando no seio da sociedade, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, pela desagregação da família, pela falta de orientação por parte dos pais e, sobretudo, pela impunidade e pela liberação do uso de drogas a jovens e adultos.
Com base nas afirmações de Teixeira (1981), a droga surge como uma necessidade dentro dos grupos, que são transgressores em essência. Em função do caráter de transgressão comum às gangues, muitos projetos se equivocam ao buscar a recuperação desses jovens através do trabalho. Eles se revoltam contra a condição de submissão e exclusão do grupo social ao qual pertencem e, portanto, sabem que as suas opções de trabalho são aviltantes.
A escola é um ponto importante nessa tarefa de solucionar o problema da violência e delinqüência de adolescente, jovens e, até mesmo de crianças, pois, como espaço privilegiado de convívio e de formação da pessoa, precisa ter qualidade e se integrar à comunidade a sua volta. Isso é comprovado nas estatísticas apresentadas nos indicadores sociais, que referem que as escolas que permanecem abertas nos finais de semana, para uso da comunidade, conseguem quase eliminar o vandalismo em suas dependências.
Nesse contexto, o professor precisa lutar em busca de mudanças, pois ele é, incondicionalmente, um agente de libertação e de transformação. É preciso constituir uma escola sem exclusão, sem elitismo, na qual todos se engajem e tenham voz e vez.
Além de uma escola pública melhor e que envolve a comunidade, fazem parte da lista de ações recomendadas por quem estuda a violência uma polícia melhor equipada e um Poder Judiciário mais ágil e, se necessário, mais rigoroso.
2.3 Violência na escola pública
A educação não se manifesta, na sociedade, como um fim em si mesma, mas como um instrumento de manutenção ou transformação social. Com essa compreensão, a educação se mostra como redentora da sociedade, integrando harmonicamente os indivíduos no todo social já existente. Nessa perspectiva, ela é uma instância social voltada à transformação dos indivíduos, tornando-os autônomos, críticos, criativos e produtivos, capazes de desenvolver habilidades, de construir conhecimentos e de se apropriar dos valores éticos, necessários à convivência social,.
Para o professor, a escola não é lugar de reprodução das relações de trabalho alienados e alienantes. As relações sociais, que se dão no interior da escola, são pautadas em valores morais que definem como o educador deve agir com seu aluno e este, com seus professores e colegas. A prática dessas relações forma moralmente os alunos.
Oferecer um tratamento igualitário a todos deve ser a principal meta da escola, considerando que todas as pessoas têm os mesmos direitos, o que configura um dos princípios fundamentais das relações humanas, que mostra a importância da justiça para a formação do cidadão.
A agressividade humana e os comportamentos violentos dela decorrentes decorrem de diversos fatores sociais, de contextos culturais e de sistemas morais. A escola, sobretudo, a pública, costuma receber um público heterogêneo. A relação da escola com a comunidade é também fonte rica de convivência com política e competência técnica.
Na abordagem da violência nas escolas públicas, precisa-se considerar o atual contexto sociocultural, entendendo-se que esse enfoque ajuda a compreender a complexidade da problemática educacional identificada no quotidiano da sala de aula.
A criação de um clima favorável ao aprendizado depende do compromisso do professor em aceitar as contribuições dos alunos, respeitando-os, mesmo quando se manifestarem de forma confusa, incorreta, mostrando, assim, a importância do respeito às diferenças individuais, ao pensamento discrepante e às preferências de cada indivíduo, por parte do grupo, assegurando a participação de todos os alunos.
Sente-se uma grande preocupação com a busca de compreender a amplitude dos problemas educacionais, visando ao melhor desempenho do professor e contribuindo com o aperfeiçoamento qualitativo do ensino.
A violência na escola pública é um tema de grande relevância, inserido no processo educacional. Muito se tem abordado sobre esse assunto e muitas pesquisas já foram direcionadas nesse campo. Partindo desses pressupostos, é preciso analisar pessoas, idéias e atitudes que interferem na motivação e aprendizagem.
Ficam claros os fatores que interferem na aprendizagem, relacionados ao professor, aluno, à família, à escola e ao Estado. Muitas pesquisas apontam a desmotivação dos professores diante de sua má remuneração, seu desprestígio e por serem submetidos a jornadas de trabalho excessivas e exaustivas, o que os incapacita de satisfazer suas necessidades básicas de uma forma digna.
Quanto ao aluno, têm-se levado em conta os seus problemas socioeconômicos e os fatores psicológicos, decorrentes da situação de pobreza dos pais, dos desajustes familiares e, sobretudo, da carência afetiva.
Na escola, observa-se a falta de participação dos professores, dos alunos, dos pais e da comunidade no processo educacional, além da ausência de compromisso com oferecer uma educação voltada à transformação e à construção da cidadania.
No Estado, a política de baixos salários, a falta de condições humanas e materiais e a má administração dos recursos públicos também são fatores que se consideram como geradores da violência na escola e na sociedade, de modo geral.

2.4 A Escola e a construção da cidadania
A importância dada aos conteúdos escolares revela um compromisso da instituição escolar com garantir o acesso aos saberes sistematizados que se agregarão àqueles construídos socialmente. Os saberes assim elaborados se constituem como instrumentos para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania democrática e a atuação no sentido de refutar ou reformular as deformações dos conhecimentos, as imposições em relação a crenças, dogmas e à petrificação de valores.
Uma importante conquista da Constituição de 1988 foi definir, em seu artigo 208, § 1o, que o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo (BRASIL, 1988), conquista mantida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB nº. 9394/96, no seu artigo 5o. (BRASIL, 1996), que assegura que
O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.
Essa LDB nº. 9394/96, no inciso X, artigo 3o (BRASIL, 1996), é a primeira de leis educacionais brasileiras a expressar uma concepção de educação que ultrapassa os muros da escola, apoiando-se no princípio da valorização da experiência extra-escolar. Assim, reconhecer a vinculação da educação com o mundo trabalho e a prática social estão asseguradas no § 2o., artigo 2º. da LDB (BRASIL, 1996).
No Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) a relação de situações consagradas na legislação tutelar do referido diploma legal produz a necessidade de profundas adequações na grande maioria dos modelos educacionais em vigor.
Esse Estatuto propõe uma escola transparente e democrática, participativa e comunitária como um espaço cultural e de socialização de pessoas em desenvolvimento, uma escola formadora de cidadãos, pessoas preparadas para o exercício de direitos e o cumprimento de deveres sinônimo de cidadania.
Compete ao Conselho Tutelar atender à criança e ao adolescente, assim como a seus pais ou responsáveis, toda vez que se afigurar uma situação de risco pessoal ou social. A importância do valor justiça para a formação do cidadão é evidente. Na realidade, as crianças ensinam muito aos adultos: basta observá-las e amá-las, dando-lhes afeto e carinho.
Existem alguns caminhos que conduzem a mudanças de atitudes como docentes, pois a motivação é fato preponderante no processo de aprendizagem, tanto para o aluno, como para o professor. Cada sociedade, cada país é composto de pessoas diferentes entre si. Essa diversidade, freqüentemente, é alvo de preconceitos e discriminações, o que gera conflitos e violências.
Na perspectiva da minimização da violência na escola, é preciso que a escola desenvolva um trabalho de incentivo ao professor no sentido de se dedicar à leitura e a um planejamento mais reflexivo sobre a realidade do aluno, promovendo debates, discussões, que envolvam toda a escola e a comunidade no sentido de fazer valer seus direitos e deveres como cidadãos.
Compreende-se que uma educação transformadora tem que se fundamentar nas concepções críticas da sociedade. Cada sociedade, cada país é composto de pessoas diferentes entre si. Essa diversidade freqüentemente é alvo de preceitos e discriminações, o que resulta com conflitos e violências.
Para finalizar, considera-se que, apesar das dificuldades existentes no meio educacional, confia-se no trabalho da escola e na eficiência do professor para solucionar o problema da violência na escola e na sociedade, pois o somatório desses esforços, com certeza, contribuirá para a formação de um homem crítico, consciente e apto para o exercício da cidadania e a um convívio social mais humano e harmonioso.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Senado Federal, 1990.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº. 9394/96. Brasília: Senado Federal, 1996.

CEARÁ. Constituição do Estado do Ceará. Fortaleza: Assembléia Legislativa do Ceará, 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1981.

JERSlLD, Artur Thomgs. Psicologia da criança. Belo Horizonte: INL.1973.

MURAD, João Edson. Como enfrentar a adolescência. Belo Horizonte: Unbh,1985.

SÁ, José, Maria. Desajustamento como fruto da rejeição. São Paulo: Revista Jurídica. Ano 1. Nº. 7, julho 1997.

TEXEIRA, Ondina. Psicologia do sucesso. São Paulo: Atlas. 1981.

VIAGEL. A. Filosofia da ciência. São Paulo: Cultrix. 1982.
 
 
 
 
 
Eu Thais Cardoso, 2º semestre do turno matutino. Coloquei esta pesquisa, devido estarmos cursando o curso, pelo qual teremos que nos se informar para que possamos, conhecer a realidade, para que possamos questiona-lás e procurar possiveis soluções.. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Muito bom este vídeo, vale a pena ver... com Ruben Alves

(Alana Pimentel- Pedagogia 2º Semestre - Matutino)

politicas educacionai Thais cardoso 2º semestre matutino

para se atualizarem sobre a disciplina Politicas Educacional e até mesmo artigo visite este site: http://educador.brasilescola.com/politica-educacional/




Uma introdução basica:

Política Educacional

Conheça as políticas de planejamento da estrutura educacional do país que visa à organização e capacitação dos profissionais da educação.
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